domingo, 1 de julho de 2012

A menina de Louvertown

Ela aguardou, clamando por ajuda, pedindo por socorro;
Mandaram esperar e ela o fez, esperou, apesar da dor;
do frio e da fome.
Ela esperou, e a noite entrou, e a coruja sussurrou em seus ouvidos;
O dia nasceu e o sol bateu em seu rosto, o cançasso a buscou;
Mas ela esperou, ela não deixou o velho carvalho, como foi ordenada a fazer;
Ao sinal do primeiro viajando ela pediu ajuda, mas ele não lhe deu ouvido;
Ao segundo viajando ela pediu ajuda, mas ele se afastou;
Ao terceiro viajante ela pediu ajuda, mas ele gritou;
Ao quarto viajante ela observou, ele a observou e pediu proteção a deus;
O quinto viajante, a viu, e pediu permissão a ela para passar;
E mais viajantes passaram, e nenhum nunca lhe disse para seguir então
ela continuou a esperar;
Para sempre a esperar.

Aos arredores de Aghentown, em uma estrada de mercantes, vinda de Louvertown;
Dizem os viajantes, que na curva que margeia a floresta de Deepwood,
uma família de mercadores foi atacada por um grupo de criminosos;
A filha mais nova da família, foi ferida, dizem os viajantes que um dos
assaltantes a mandou esperar proxima ao velho carvalho;
E assim ela fez, sentada ali esperou por ajuda, e dizem os viajantes que até
os dias de hoje, nas margens de Deepwood uma menina pode ser vista,
 proximo ao anoitecer esperando pela ajuda que nunca vira.

sábado, 30 de junho de 2012

O último filho do dragão

Parte I

Nosso lar era a leste de Ashtar, nossa casa entre as Montanhas Cinzentas, escavado na rocha, um palácio de pedra esculpida, dimensões titânicas, preenchido com formas abstratas que fugiam a razão e encantavam a todos por desafiarem a compreensão dos mortais.

Mas no coração de Asalom a chama da ignorância ardia no coração da raça humana, eles cresceram e se multiplicaram, como gafanhotos, estirparam os seres das florestas ao norte, saquearam o povo do mar ao sul, e destruiram nosso lar. Nem todo poderio arcano, ou toda astúcia foi páreo para sua força massiva, em uma quantidade atordoante de espadas, lanças e arcos.

Ao fim fugimos, para a grande escola, nos passando por membros da antiga raça do povo da floresta, Cromwel nos concedeu abrigo e lhe criou como um deles, lhe ensinou os segredos da teia de magia que envolve o mundo, invisível aos olhos dos mortais, mas tão viva e pulsante para você, e hoje após dez anos sem nos vermos estou aqui novamente, meu filho, meu último descendente.

Agora me diga o que queima em seu coração, o que lhe define?

(silencio...)

Posso ver a ezitação em seus olhos, sei que era muito pequeno quando lhe deixei, e que provavelmente não tem certeza, mas isso queima na ponta da sua lingua, como a chama que existe em seu coração e que lhe diferencia de todos;

Diga meu filho o que lhe define?

"Eu sou o último filho do dragão".